sábado, setembro 16, 2006


Soneto de Amor

Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma…Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas…
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua… - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentido o nosso sangue misturar-se.

Depois… - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada…
Deixa a vida exprimir-se sem disfarce!


José Régio

1 comentário:

Femané disse...

Sensualidade e erotismo
É a expressão máxima da satisfação sexual entre duas pessoas
Sem palavras… Com desejo…
E se transforme num sonho… maravilhoso
E sonhando, permitir à vida que se exprima sem disfarce


Um forte aplauso para si, por ter escolhido este lindo soneto de Régio