Uma vez ouvi:
“O português corre risco se for diferente!” É verdade. E eu sinto isso na pele muitas vezes. Sou diferente não por pertencer a outra religião, não pela cor da minha pele, não porque sofra de uma doença contagiosa.
Sou diferente e sofro as consequências disso porque tive a coragem de ir à descoberta de um mundo fora das fronteiras deste canto ao Atlântico. Sou diferente porque sou vista como uma ameaça ou como algo exótico. Sou diferente porque tive coragem de ir aprender, trabalhar em contextos, realidades, mentalidades diferentes.
E isso é uma ameaça? Não devia de ser considerado como uma mais-valia?
É meus caros. Ser diferente é ser discriminado neste país. Se querem ser diferente, não voltem, porque o que é valorizado lá fora, neste país é visto como uma ave rara, que deve ser colocada em “exposição” para ouvir a “história” e “observar a ave”.
É triste chegarmos à conclusão que no nosso próprio país não nos dá valor. O país pelo qual fomos lá para fora para aprender, trazer algo de novo cá para dentro, e depois seremos desprezados por ele mesmo.
Só me resta ser diferente num sítio onde a diferença é vista como igual… É triste, mas é a realidade… SP
2 comentários:
Pois é, minha cara doutora.
É inflizmente a realidade em que vivemos.
e eu, Zé-Ninguém, pergunto:
Quanto tempo falta para que os nosso filhos tenham um discurso diferente?!!!
Pelo andar da carruagem, as gerações que estão aí devem ir pelo mesmo caminho. Perante esta perspectiva, quem tem vontade de ter filhos??? Mais, que condições temos, hoje em dia, para ter filhos???
Vamos lá para fora para rejuvenescer a população e contribuir para o crescimento económico de outros países? É isso que temos de fazer?? É a isso mesmo que nos estão a obrigar fazer. SP
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